O Fantasma da Proibição do Aborto: História de Âmbar Nicole Thurman, Vitimada por Uma Lei Desumana
A História da Amarga Perda
No estado americano da Geórgia, o cenário da medicina reprodutiva vive uma era de escuridão. Uma leitura mais apurada da vida de Âmbar Nicole Thurman é suficiente para perceber a dimensão da dor e da tristeza que rodeiam os casos de perda relacionados com a proibição do aborto.
O Cássere
Em julho de 2022, Âmbar, com 28 anos, enfrentou uma das crises mais dramáticas de sua vida. Enquanto a gravidez alcançava seis semanas, descobriu que estava grávida de gêmeos. Ante a imposição de uma proibição sem flexibilidade da lei de aborto da Geórgia, foi à Carolina do Norte junto com sua melhor amiga e conseguiu obter pílulas abortivas. Embora as complicações relacionadas a essas pílulas sejam raras, Âmbar começou a desenvolver infecção e complicações que acabaram lhe custando a vida.
O Que Você Necessita Saber Sobre a Proibição do Aborto na Geórgia
A Geórgia implementou uma proibição estrita do aborto, o "Heartbeat Bill", que impede a realização do procedimento médico a partir de seis semanas de gestação. Essa medida pune qualquer médico que vá além desse prazo, independentemente das circunstâncias individuais, e ignora a possibilidade de morte da gestante em casos críticos.
Mortalidade Materna em Declínio
Segundo a investigação da ProPublica, a proibição do aborto contribuiu significativamente para o declínio da taxa de mortalidade materna na Geórgia. Devido à restrição no acesso a serviços de saúde reprodutiva, muitas mulheres começaram a correr um grave risco ao contratar cuidados em países onde o aborto está regulamentado. Embora a taxa de mortalidade materna em outros países seja inferior, as taxas na Geórgia estão aumentando vertiginosamente.
Um Estado sem Limpid
O falecimento de Âmbar é um elo diretamente relacionado a essas medidas de cunho religioso que buscavam impedir as escolhas individuais e desconsideravam as realidades em rápido avanço das emergências médicas. Uma vida não deve ser pautada por conveniências legislativas. Âmbar morreu com um caso evitável em virtude de um prolongamento inaceitável nos cuidados de saúde. Uma investigação detalhada do Conselho Estadual de Revisão da Mortalidade Materna encontrou que sua morte era evitável, e uma leitura mais acurada do falecimento pode conduzir à verdade.
Conclusão
O falecimento de Âmbar é apenas um caso em mil, um grito que escapa à loucura sem razão e moralização em nome de conveniências ideológicas. As histórias esquecidas ou suprimidas pelas estruturas que defendem a proibição do aborto merecem que sejam lembradas, contadas e lutadas por uma causa que defenda a vida das gestantes, a segurança da medicina e o direito a escolha individual.